Homeopatia
A homeopatia é um sistema medicinal alternativo que contempla a
totalidade do ser humano em detrimento de doenças isoladas. Ela atua por meio
de estímulos energéticos desencadeados por medicamentos homeopáticos com o
intuito de reequilibrar a energia vital dos pacientes.
A homeopatia é orientada por quatro
princípios: lei dos semelhantes, experimentação na pessoa sadia, doses
infinitesimais e medicamento único.
O princípio da lei dos semelhantes
estabelece que uma doença específica pode ser curada pela substância capaz de
reproduzir os mesmos sintomas da doença. Ou seja: o que causa mal a alguém
“saudável” pode curar alguém doente. Se um veneno produz efeitos como vômitos
em uma pessoa, a versão homeopática (diluída) desse mesmo veneno poderá tratar
pacientes com problemas de vômitos recorrentes, e assim por diante.
A experimentação na pessoa sadia dita
que os testes de medicamentos homeopáticos devem ser realizados em pessoas –
nunca animais – saudáveis. Dessa maneira, é possível avaliar os efeitos
objetivos e subjetivos no grupo de experimentadores (como são chamados) e
encontrar, em termos gerais, o “veneno que em doses homeopáticas cura”.
As chamadas doses infinitesimais
consistem na diluição drástica de um medicamento e agitação (dinamização) para
“despertar” propriedades latentes. Esse princípio causa controvérsias, porque,
de acordo com muitos médicos, desafia qualquer lei da física ou bioquímica
conhecida: de tão diluído o remédio, é possível que não haja nenhuma molécula
mensurável do princípio ativo original. Alguns experimentos, no entanto,
indicam que fenômenos ainda incompreendidos da física quântica poderiam
explicar a eficácia dos medicamentos homeopáticos.
O princípio do medicamento único, que
suscita debate mesmo entre especialistas em homeopatia, firma que a intervenção
deverá ser realizada por vez: o paciente deverá tomar o medicamento que
contenha o maior número de estímulos para os sintomas que o paciente apresenta.
Apenas dessa forma o médico conseguirá avaliar a eficiência da terapia de forma
precisa.
Para que serve
De acordo com a homeopatia, o indivíduo
não tem apenas uma doença: ele carrega um desequilíbrio que se manifesta de
diferentes formas ao longo da vida. Por esse motivo, a função do médico
homeopata é restaurar o organismo aos estágios que precedem a vida, no caminho
da cura. É considerada, portanto, um tratamento preventivo e curativo.
Empregando mais de 2000 remédios
diferentes extraídos de substâncias vegetais, animais e minerais, a homeopatia
se propõe a estimular o sistema imunológico e restaurar o equilíbrio energético
do paciente com base nos sintomas e tratar qualquer doença, embora nem todos os
indivíduos se beneficiem integralmente com a terapia.
A homeopatia é frequentemente indicada
para problemas do trato gastrointestinal, ginecológicos, dermatológicos,
respiratórios e falta ou expressão exagerada de “resistência” (infecções virais
e bacterianas frequentes e doenças alérgicas). Além disso, pode buscar a cura
para problemas emocionais como a depressão. Contudo, pacientes que sofrem de
distúrbios graves como diabetes ou câncer não devem substituir a terapia
convencional – ainda considerada “soberana” em todo o mundo - por remédios
homeopáticos, exceto com o consentimento do endocrinologista ou especialista
responsável.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomenda a sua prática como medicina alternativa e complementar. No Brasil,
foi reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina em
1980 e é utilizada pelo Sistema Único de Saúde desde 2006.
Curiosidades
Muitos pacientes observam que o início
do tratamento homeopático parece agravar os sintomas de uma doença. Isso pode
ocorrer, já que o medicamento homeopático pretende provocar no organismo uma
doença artificial semelhante à doença natural, para estimular o organismo a
corrigir o desequilíbrio. Entretanto, se os sintomas se tornarem graves, é
sinal de que o medicamento homeopático está tendo uma ação excessiva e
prejudicial ao corpo.
Luc Montagnier, virologista francês
responsável pela descoberta do HIV, afirmou que o DNA de algumas bactérias pode
deixar “marcas” na água, mesmo após sucessivas diluições. Uma espécie de
“ressonância” faria com que modificações da estrutura da água emitissem sinais
eletromagnéticos para outras soluções aquosas.
A teoria de “memória da água”, como é
chamada, não foi comprovada pela metodologia científica, mas é frequentemente
associada por alguns aos fenômenos da física quântica que explicariam a
eficácia dos remédios homeopáticos.
Samuel Hahnemann é considerado o “pai da
homeopatia”. Nascido em 1755, se formou em medicina pela Universidade de
Leipzig, mas se decepcionou com os métodos que visavam à cura na época.
Inspirado em métodos utilizados por nativos peruanos para o tratamento de
doenças, deu início aos primeiros experimentos que o levariam a criar a
homeopatia.
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